Um felino foi encontrado morto, na manhã de segunda-feira (21/10), ao lado da pista de rolamento da rodovia ERS 561, próximo à cidade de Dezesseis de Novembro, possivelmente vítima de atropelamento.
O animal foi encontrado por um transeunte, entre as localidades de Bom Retiro e Laranjal, interior daquele município, e inicialmente especulou-se tratar de um filhote de jaguatirica.
A bióloga e professora da UFFS-Cerro Largo, doutora Daniela Oliveira de Lima, que sempre gentilmente colabora com o Portal LH Franqui, entrou em contato com a reportagem e falou sobre a espécie em questão.
Para a bióloga, o felino é um gato-maracajá ou um gato-do-mato-pequeno. Ela destacou que a jaguatirica tem manchas na lateral mais "riscadas", enquanto o gato-maracajá tem as manchas laterais mais "tradicionais".
O gato-maracajá, gato-da-mata, gato-peludo ou maracajá-peludo (nome científico: Leopardus wiedii) é um pequeno felino nativo da América Central e América do Sul. Solitário e noturno, vive principalmente em florestas.
Tem, como característica, uma cauda mais longa do que seus membros posteriores. Os seus pelos são amarelo-escuros nas partes superiores do corpo e na parte externa dos membros. Tem manchas sob a forma de rosetas com uma região central amarela por todo o corpo, da cabeça à cauda. Uma característica da espécie são seus olhos bem grandes e protuberantes, como também, focinho saliente, patas grandes e cauda bastante comprida.
No Brasil é encontrado em praticamente todos os estados, sendo que no Rio Grande do Sul seu habitat é preferencialmente na Metade Norte.
O gato-do-mato-pequeno, gato-macambira, pintadinho, mumuninha, gato-lagartixeiro, chué, gato-maracajá-mirim ou macarajaí (nome científico: Leopardus tigrinus) é um mamífero da família dos felídeos (felidae) originário da América Central e América do Sul. É aparentado à jaguatirica e ao gato-maracajá.
Além de estar ameaçada de extinção pela destruição de seu habitat, o gato-do-mato sofre também com abates de pessoas que pensam que essa é uma espécie perigosa, mas, apesar de exclusivamente carnívoro, o L. Tigrinus se alimenta de roedores, aves pequenas e lagartos.
O Leopardus tigrinus habita todo o Brasil, com exceção do sul do Rio Grande do Sul.