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Publicado em 06/11/2025 16:57:37 • Agronegócio

A pequena propriedade rural e o mercado de carbono

Boa oportunidade capaz de aliar sustentabilidade ambiental e geração de renda
Cláudia Jussara Harlos Heck (Foto: Acervo Pessoal)

Cláudia Jussara Harlos Heck
Mestra em Desenvolvimento e Políticas Públicas

O Brasil é um país que vem criando e aplicando diversas políticas públicas no intuito de promover a sustentabilidade. Os cuidados com os recursos naturais do planeta crescem a cada dia que passa, principalmente em decorrência do aumento da emissão de gases nocivos, como o CO2. Uma das ferramentas promissoras é o mercado de carbono que aponta para uma forma de incentivos para reduzir gases com efeito estufa. No Brasil o mercado de carbono é regulado a partir da Lei 15.042/2024 (Institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa; Diário Oficial, 2024).

O crédito de carbono é um mecanismo econômico e ambiental que possibilita recompensa para quem diminui ou repara a emissão de gases nocivos. Empresas e produtores rurais, mesmo que de maneiras diferentes, podem ter benefícios.

Com relação ao produtor rural com pequena propriedade por exemplo, as vantagens desse mercado são amplas, podendo ser uma excelente oportunidade capaz de aliar a sustentabilidade ambiental e geração de renda. Uma das possibilidades é o plantio de árvores e a recuperação de áreas degradadas. Esta iniciativa oportuniza ao produtor construir uma renda adicional vendendo créditos de carbono.

Este mercado também valoriza o empreendedor rural que fizer a adesão de técnicas agrícolas limpas, como a rotação de culturas, o uso de insumos de forma prudente, em especial, água, energia, fertilizantes e pesticidas, a aplicação de diversos sistemas de produção dentro da propriedade tais como: agrícolas, pecuários e também florestais.

Outra grande vantagem ao produtor que participa de projetos que visam a redução de emissão de gases, são maiores chances de entrada em programas de crédito rural sustentável, e também a possibilidade de uma união com empresas que visam reparar os danos causados por suas emissões. Outra possibilidade é a junção de produtores rurais, seja por meio de cooperativas, associações ou até projetos coletivos, é uma das alternativas de êxito para chegar para o rateio de custos de certificação e tornar viável a geração e paralelamente a venda de créditos de carbono.

Assim, o produtor, independentemente do tamanho de sua propriedade, pequena, média ou grande, para a ser protagonista das ações em prol da sustentabilidade e cuidados com o planeta. A adesão, além de auxiliar no fretamento das mudanças climáticas valoriza o meio rural.

Os 6 Rs da sustentabilidade e o mercado de carbono estão alinhados em busca de uma economia de baixo carbono. Urge por parte das empresas e cidadãos aderir a esses princípios, para que possam firmar uma base de desenvolvimento inovador e sustentável.

 

Fonte: Cláudia Jussara Harlos Heck
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