


Em assembleia extraordinária realizada no domingo (13/04), não se chegou a uma definição a respeito da composição da nova diretoria do Centro Cultural 25 de Julho. A entidade, responsável pela manutenção e exposição do Museu 25 de Julho, sofre há anos com a falta de voluntários e de um lugar para a instalação definitiva do acervo.
O local onde o museu está atualmente instalado terá seu contrato de comodato encerrado em 2027. Recentemente, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) iniciou uma parceria com o Centro Cultural, que já resultou num trabalho de limpeza e catalogação dos exemplares do antigo jornal O Cerro Largo, que circulou nas décadas de 50 e 60, também no início da elaboração do plano museológico da entidade mas principalmente na busca por uma solução para a construção de um espaço definitivo e adequado para a exposição do acervo. Porém, as incertezas quanto ao futuro da entidade mantenedora do museu podem por em risco os frutos da parceria iniciada mas também o próprio acervo.
O museu começou a ser formado no início dos anos 70 do século passado, quando membros do Centro Cultural perceberam que muitos registros físicos da história de Cerro Largo e região estavam se perdendo e resolveram ir à busca de peças que pudessem contar essa história às futuras gerações.
Com o passar dos anos, foi juntado um dos maiores acervo do interior do Rio Grande do Sul, abrangendo peças indígenas, história da imigração, evolução industrial e comercial, uma grande quantidade de fotos, documentos, mapas e jornais da cidade, uma vasta biblioteca com livros em português e alemão, além de sua peça mais famosa, a cabeça de múmia egípcia Iret Neferet, cujo estudo realizado por pesquisadores da PUC/RS deu relevância nacional ao Museu 25 de Julho.