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Publicado em 18/04/2023 17:42:51 • Geral

Número de casamentos no Brasil é alto nos últimos dois anos

Mas a taxa de divórcios foi uma das maiores desde 1984
Imagem meramente ilustrativa / Reprodução

Terapeutas na área de relacionamento explicam as causas possíveis para o crescente número de separações

Segundo dados da 4ª edição do Relatório Anual Cartório em Números, divulgado no início de 2023 pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG/BR), foram registrados mais de 814 mil casamentos no Brasil em 2022. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem esses dados contabilizados até 2021 e, naquele ano, o número de casamentos foi de cerca de 932 mil. O instituto também divulgou, em fevereiro deste ano, o número de divórcios ocorridos em 2021 no Brasil: foram 386 mil pedidos. E qual a problemática nesta questão? É que, desde 1984, não havia sido registrado valor tão alto de separações oficiais no país. "Isso significa que o brasileiro entende ser importante uma relação estabilizada em sua vida, no entanto, pode sentir muita dificuldade em manter-se em uma união de fato verdadeira, saudável, profunda e com intimidade", afirma o terapeuta Pramod Oyama

O especialista na área da saúde mental com ênfase em relacionamentos, intimidade e sexualidade aponta que uma das grandes dificuldades em uma relação conjugal é o tradicional pensamento: "é ele/ela que tem que mudar". É quando se atribui ao outro a responsabilidade de crescer e evoluir ou de fazer com que o relacionamento dê certo. "Quanto mais eu peço para o outro mudar um jeito de ser ou ir ao terapeuta, por exemplo, mais ele se afasta. É a minha ferida de abandono encontrando a ferida de sufocamento do outro. E então há um afastamento deste casal", explica Pramod.

 

Feridas não curadas

A terapeuta Integrativa Cecília Guedes acrescenta que o amor traz à tona feridas não curadas de cada indivíduo, medos de invasão e abandono, dependências, medo de perder-se na outra pessoa, expectativas e ressentimentos enterrados. "Quando você é provocado ou pressionado, muitas vezes tudo o que você quer fazer é culpar algo ou alguém ou encontrar algo ou alguém para fazer você se sentir melhor. E quando te faltam ferramentas para lidar com as frustrações, a menor coisa que a outra pessoa faz ou qualquer tipo de fator estressante ou decepção, pode facilmente provocar sua agitação e seus medos, fazendo com que você reaja", explica.

Pramod e Cecília, que trabalham juntos acompanhando casais e pessoas solteiras neste processo de se relacionarem melhor consigo e com os outros, propõem que se faça um trabalho de autoconhecimento para que um casamento possa ser realmente feliz e saudável. "É preciso que, antes de exigir do outro, eu trabalhe a minha própria ferida. Porque, a partir disso, vou poder comunicar melhor o que estou sentindo, sem agredi-lo. Eu paro de exigir do outro e passo a mostrar a minha vulnerabilidade. E, neste espaço, comunicando as minhas vulnerabilidades ao outro, eu crio a conexão”, é o que afirma Pramod. Na mesma perspectiva, Cecília destaca: “é importante você saber que, muitas vezes, suas reações e distúrbios podem ter pouco ou nada a ver com a outra pessoa. Eles têm a ver com a sua dificuldade de lidar com as emoções que surgem e com as feridas antigas, provavelmente da sua infância", diz a terapeuta.

Os especialistas também afirmam que é importante, em qualquer relação, a manutenção da individualidade, manter o espaço do recolhimento interno. Há o momento de estar em casal e o momento de "sair", "se retirar" para o olhar para si. E dão algumas dicas práticas para a autorreflexão: "Quando algo no outro te deixar agitado, te afetar de alguma maneira, dê um passo para trás. Só agradece e sai quando tem algo que te incomoda. Ou seja, antes de reagir, veja se é possível se retirar, tomar algumas respirações e se perguntar: espera aí, o que estou sentindo? porque essa ação do outro me afeta? Como esse “não” me afeta? Preste atenção como isso ressoa em você", destaca Pramod.

 

Espaço para curar as feridas

Pramod e Cecília estarão em Santa Rosa, junto a outros dois terapeutas da área Archan e Ana Carolina, facilitando a imersão “Meditando em Amor: o despertar do prazer”, de 29 de abril a 1º de maio, no Mosteiro da Transfiguração. O retiro é voltado para casais e pessoas solteiras que buscam ter relacionamentos mais saudáveis e se conectar com mais intimidade e profundidade consigo e com o outro. O retiro vai abordar, por meio das práticas e vivências do Tantra, assuntos como a sexualidade, a expansão do prazer, o amor, a intimidade, o corpo e a conexão com o outro.

Durante a imersão de 3 dias, serão realizadas práticas como meditação, dança, toque, exercícios de comunicação não violenta e exposição teórica de exercícios de tantra. Qualquer pessoa, homem ou mulher, a partir dos 18 anos, pode participar do retiro.

Mais informações podem ser acessadas pelo perfil no Instagram @meditandoemamor.

Fonte: Ana Elisa Bobrzyk / Jornalista e Terapeuta Energética
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