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Publicado em 02/09/2024 16:30:20 • Meteorologia

Temperaturas podem chegar a 45ºC

Onda de calor poder fazer setembro de 2024 um dos mais quentes da história no Brasil
Arte: Portal LH Franqui (Foto: Canva)

A MetSul Meteorologia adverte para uma onda de calor excepcional em grande parte do Brasil durante esta primeira metade de setembro. Será um período prolongado de calor excessivo em vários estados e que afetará todas as regiões do país com marcas de 40ºC a 45ºC em uma extensa área do território nacional, o que fará deste setembro um dos mais quentes já registrados no Brasil.

As marcas esperadas nesta semana e, especialmente, na segunda semana do mês, vão superar em muitos os valores médios históricos de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país com alto potencial de quebras de recordes para o mês de setembro e talvez até absolutos em diferentes localidades.

Uma massa de ar quente já cobre o Brasil e vai se fortalecer muito nesta primeira semana de setembro, ganhando ainda mais intensidade e se expandindo para o Sul na segunda semana de setembro com temperaturas atipicamente elevadas e calor intenso até em áreas mais ao Sul do país em que as temperaturas muito altas não são frequentes nesta época do ano.

Trata-se de uma situação de elevado perigo pela severidade do calor esperado e que demandará atenção das autoridades.  Serão vários estados em que o calor será muito intenso a extremo e acompanhado de ar demasiadamente seco, aumentando demais o risco de fogo e trazendo riscos para a saúde.

A massa de ar quente nesta primeira semana de setembro afetará com força e marcas perto ou acima de 40ºC, por exemplo, o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão, dentre outros estados. A abrangência do calor excessivo será maior na segunda semana de setembro, quando mais estados devem ter máximas perto e acima de 40ºC.

O pior do calor deve ocorrer entre o Norte do Brasil, o Centro-Oeste e partes do Sudeste com marcas acima dos 40ºC em muitas cidades. Parte da Região Nordeste, como áreas do interior do Maranhão e do Piauí, devem igualmente sofrer com o calor excessivo e marcas acima dos 40ºC no período.

O estado que mais deve sofrer com o calor será o Mato Grosso por estar junto ao centro da grande cúpula de calor que estará concentrada entre o Paraguai, a Bolívia e os estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Nestas áreas são esperadas marcas tão extremas como 43ºC a 45ºC, e possivelmente até superiores em alguns pontos, como no Mato Grosso.

Por isso, cidades como Cuiabá terão máximas acima de 40ºC em quase todos os dias desta primeira metade do mês e vários dias terão marcas à tarde entre 42ºC e 44ºC na capital do Mato Grosso com possibilidade de marcas até ao redor da casa de 45ºC, o que é muito extremo em termos de temperatura no Brasil e perto de valores recordes de temperatura do país.

NÍVEIS MÁXIMOS HISTÓRICOS

A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020, superando o recorde também oficial de Bom Jesus, Piauí, de 2005, de 44,7°C.

Consideramos que recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo. Cuiabá, por exemplo, anotou o dia mais quente de sua história centenária de dados em 19 de outubro do ano passado com 44,2ºC, marcas que não se descarta possa ser superada neste episódio de temperatura extrema.

ONDA DE CALOR CHEGARÁ AO SUL DO BRASIL

O calor afetará todas as cinco regiões do Brasil e o Sul não vai escapar. Nesta primeira semana do mês, entretanto, os efeitos da onda de calor no Brasil devem ser mais sentidos inicialmente no Paraná com ingresso de ar frio no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina com alguns dias de instabilidade.

A realidade muda na segunda semana de setembro, quando se espera a bolha de calor no Brasil se expanda e ar quente seja trazido para as latitudes médias da América do Sul, como o Centro da Argentina, Uruguai e o Rio Grande do Sul.

Fonte: MetSul Meteorologia
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