O Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, proporcionou para presidentes de cooperativas filiadas à Central Sicredi Sul/Sudeste e integrantes da Ocergs/Sescoop, viagem à Inglaterra com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre gestão, empreendedorismo e as origens do cooperativismo.

O grupo participou de quatro dias de formação educacional no Imperial College de Londres e no Co-operative College de Manchester. No programa de estudo, foram tratados temas como governança corporativa em instituições financeiras, empreendedorismo corporativo, liderança e cooperativismo na Inglaterra.

No roteiro de cerca de 10 dias, foram incluídas também as cidades de Widnes, onde Theodor Amstad – patrono do cooperativismo brasileiro, foi ordenado padre em 1883, e Rochdale, localidade que originou a Sociedade Equitativa dos Pioneiros de Rochdale, marco para a história do cooperativismo mundial.

"Além de podermos conhecer a história da Inglaterra e os costumes característicos dos ingleses, visitamos o berço da Revolução Industrial, na cidade de Manchester, onde as dificuldades da época fortaleceram o surgimento dos movimentos sociais e contribuíram para a fundação das primeiras cooperativas em nível mundial. Visitamos também o museu dos Pioneiros de Rochdale, onde em 1844, um grupo de 28 tecelões criou a mais conhecida cooperativa do mundo, por conta de serem os precursores dos princípios do cooperativismo. Apesar desta rica história, percebemos que atualmente o cooperativismo inglês não se mostra tão forte quanto o que existe em terras gaúchas. Notamos inclusive que o desconhecimento do cooperativismo é uma realidade entre os ingleses. Em termos de representatividade, as cooperativas na Inglaterra representam cerca de 1% do PIB", explica o presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port.

Sobre a estada do Padre Amstad na Inglaterra, "por existir, no fim dos anos de 1800, mais de 1.400 cooperativas de consumo na Inglaterra, confirmamos a teoria de que o padre Amstad teve contato com o cooperativismo. Além da proximidade cronológica e territorial, seria improvável não saber sobre a existência das cooperativas naquela época de tão significativo que era", explica Port.