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Publicado em 06/07/2020 17:33:16 • Educação

Estudo faz levantamento de leitos hospitalares em todo RS

População da maior parte dos municípios precisa se deslocar para ser atendida
Crédito: Divulgação / UFFS

No início da pandemia da Covid-19, o Rio Grande do Sul tinha disponível mais de 33 mil leitos hospitalares: 68% fazem parte do SUS e 32% do tipo Não-SUS.

São um pouco menos de 6 leitos para cada 10 mil habitantes considerando os leitos disponibilizados pelo SUS para clínica geral.

Para o tipo Não-SUS, estão disponíveis 2,61 leitos para cada 10 mil habitantes para clínica geral.

Esses são os coeficientes mais altos, considerando uma população de mais de 11 milhões de habitantes no estado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2020).

Os dados revelados são de um estudo realizado por pesquisadores do Mestrado em Desenvolvimento e Políticas Públicas da UFFS-Cerro Largo em parceria com o Departamento de Ciências da Saúde da UFSM, utilizando as informações disponibilizadas pelos estabelecimentos de saúde ao sistema do DATASUS.

O estudo descreve a situação em que se encontrava o Rio Grande do Sul, as Regiões de Saúde e os respectivos Municípios, com relação à disponibilidade de leitos hospitalares frente ao maior desafio que os sistemas de saúde estão enfrentando com a Covid-19.

A região das Missões, por exemplo, apresentava os seguintes dados: estão disponibilizados 11 hospitais no total, dois deles são de grande porte. Ao todo, estão disponíveis 825 leitos, 584 pelo SUS, gerando um coeficiente de 20,66 leitos para cada 10 mil habitantes, para o atendimento público. O estudo também contabilizou o número de respiradores disponíveis nas regiões do estado. Na região das Missões estão disponíveis 68, com um coeficiente de 2,36 respiradores para cada 10 mil habitantes.

Na região Noroeste do RS existem 15 hospitais, um deles de grande porte. São 877 leitos, 622 oferecidos pelo SUS. Para cada 10 mil habitantes desta região, há 39,17 leitos, 27,76 são pelo SUS. Quanto aos respiradores, há 65 na região, quase 3 aparelhos para cada 10 mil habitantes.

Segundo uma das pesquisadoras participantes do estudo, a professora da UFFS-Campus Cerro Largo Iara Battisti, que é Doutora em Epidemiologia, "é um desafio estudar os dados da pandemia por Covid-19 tanto pela subnotificação quanto pela disponibilidade de dados públicos de forma desagregada. Porém, estudos da forma da distribuição da doença é essencial para auxiliar a tomada de decisão dos gestores públicos quanto ao combate a disseminação da Covid-19. Também, para dar visibilidade da pandemia à população. Neste momento estamos fazendo um novo estudo, relacionando os dados socioeconômicos, saúde, educação com a incidência de casos de Covid-19 nas regiões do RS".

De acordo com o participante do estudo Felipe Micail da Silva Smolski, egresso do Mestrado em Desenvolvimento e Políticas Públicas da UFFS-Campus Cerro Largo, "as informações disponibilizadas servem de apoio aos gestores municipais, para monitoramento junto à população regional e devem ser combinadas com outras análises, uma vez que a pandemia é dinâmica e tende a se disseminar de maneira mais intensa nas próximas fases pelos municípios do interior do Estado", explica.

Os dados estão disponíveis nesta plataforma. Eles serão atualizados durante toda a vivência da pandemia.

Acesse o estudo completo, no site da UFFS. Ou neste LINK.

Fonte: Assessoria de Comunicação UFFS
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