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Publicado em 17/02/2024 20:12:36 • Cerro Largo

Escorpiões voltam a ser vistos no bairro Santa Maria

Confira algumas orientações diante da presença desses animais peçonhentos
Foto: Divulgação / Internauta

Nos primeiros meses de 2018, vários pontos da cidade de Cerro Largo foram invadidos por escorpiões, inclusive com alguns acidentes registrados. Os locais que apresentavam maior infestação, na época, eram os bairros Santa Maria e Brasília.

Neste sábado (17/02), um seguidor do Portal LH Franqui, morador do bairro Santa Maria, nos enviou uma foto de um dos dois escorpiões que ele matou em sua residência. O relato desse seguidor é que outros escorpiões já foram vistos naquela região.

 

Principais espécies

O escorpião, também conhecido por lacrau ou alacrau, é um animal invertebrado artrópode que pertence à ordem Scorpiones estando enquadrado na classe dos aracnídeos.

Os escorpiões são animais peçonhentos (possuem veneno), que medem de 5 a 7 cm de comprimento e que apresentam uma estrutura (aguilhão) para inocular o veneno. Possuem hábitos noturnos, portanto à noite saem para procurar alimento, principalmente baratas, formigas e cupins. Durante o dia escondem-se sob cascas de árvores, pedras, tijolos, madeiras, lenha e até mesmo dentro das residências, principalmente em calçados.

Das três espécies de escorpiões encontradas no Rio Grande do Sul, o Escorpião-preto (Bothriurus bonariensis) é o mais comum, apresentando coloração preta ou marrom escura com patas mais claras. Seu veneno é pouco tóxico e, quando pica, causa dor local ou reação alérgica.

Não tão comum, como o preto, mas que também ocorre no estado, sendo a espécie que foi encontrada em maior número no município de Cerro Largo, em 2018, o Escorpião-manchado (Tityus costatus) apresenta corpo escuro com cauda e patas manchadas de marrom com amarelo. Sua peçonha causa dor local que se irradia.

Pouco comum no Rio Grande do Sul, mas que tem sido dispersado pelo estado vindo de outros estados com carregamentos de materiais como frutas e madeiras, o Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) apresenta o tronco de coloração castanha com patas e cauda amarelas (foto). Sua picada causa acidentes graves, principalmente em crianças, podendo causar sudorese (suor excessivo), dor local com irradiação, vômitos, alterações cardíacas e pulmonares e até mesmo, choque.

 

Orientações

Como medidas preventivas a acidentes causados por escorpiões, recomenda-se o uso de botas e luvas ao circular/trabalhar no campo, mata e terrenos baldios. Manter jardins, quintais e terrenos próximos às residências limpos. Evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casas. Utilizar gancho ou enxada ao mexer em lenha, buracos, folhas secas e troncos ocos. Rebocar paredes para que não apresentem rachaduras ou frestas e vedar soleiras de portas.

Frente a um acidente, deve-se manter a calma, entrar em contato com o plantão do Centro de Informação Toxicológica do RS (CIT) para orientações gerais e procurar atendimento médico (acionar o SAMU, pelo 192). O paciente deve ser imobilizado e o membro atingido deve ser mantido em posição elevada. Não corte, não esprema, não faça sucção e não faça torniquete. Se que possível o animal deve ser capturado para identificação, sempre com o auxílio de gravetos ou pinça longa e colocada em embalagem plástica transparente com tampa de boca larga e furada.

Fonte: Luis Henrique Franqui / médico veterinário Ricardo Pacheco Dias
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