O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (28/12), no Rio de Janeiro, a prévia da população dos municípios brasileiros com base nos dados coletados pelo Censo Demográfico 2022 até o dia 25 de dezembro, que mostra que o Brasil chegou a 207.750.291 de habitantes este ano.
Segundo o resultado preliminar, o Sudeste tem 87.348.223 de habitantes; o Nordeste, 55.389.382; o Sul, 30.685.598; o Norte, 17.834.762, e o Centro-Oeste, 16.492.326.
O IBGE explicou que a divulgação tem como objetivo cumprir a lei que determina ao instituto fornecer, anualmente, o cálculo da população de cada um dos 5.570 municípios do país para o Tribunal de Contas da União (TCU). Seguindo um modelo estatístico, o IBGE entrega um resultado prévio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da população recenseada.
"Este modelo adotado foi bastante estudado e aprovado pela Comissão Consultiva do Censo 2022, que olhou detalhadamente o processo desenvolvido para fornecer ao TCU e à sociedade os melhores dados técnicos e reais possíveis", disse o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
O número de habitantes apurado está abaixo do total de 213 milhões projetado pelo próprio órgão federal no ano passado. Mas o que explica essa diferença? Mais de 5,2 milhões de brasileiros desapareceram?
Segundo o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, eventuais problemas nos censos anteriores, as mortes causadas pela pandemia de covid-19 e a defasagem em relação ao Censo 2010 são alguns dos motivos por trás da diferença entre a estimativa de 2021 e a informada ontem.
Pelo calendário tradicional do IBGE, a mais completa pesquisa populacional do País é realizada a cada dez anos, com uma contagem populacional, mais simples, no meio do período. Mas a atualização prevista para 2015 não foi feita, diante de restrições orçamentárias. Para piorar, o Censo 2020 foi postergada por causa da crise sanitária do coronavírus. Após sucessivos adiamentos e problemas orçamentários, a pesquisa foi finalmente confirmada para este ano.
De acordo com Azeredo, essa discrepância já ocorreu outras vezes. "No Censo de 1980, tínhamos um 'Maranhão' a menos", afirma o diretor do IBGE. Os primeiros dados definitivos do Censo, conforme o instituto, devem ser divulgados apenas em março. A etapa de coleta de dados também sofreu atrasos.
O Rio Grande do Sul tem 11.088.065 habitantes, conforme prévia do Censo do IBGE. A população do estado corresponde a 5,3% do total do Brasil, sendo que dez municípios têm população superior a 200 mil habitantes.
Segundo a estimativa de 2021, a população de Cerro Largo era de 14.243 habitantes. Com os números atuais em 13.710 moradores, ocorreu uma diminuição de 524 habitantes, de acordo com os dados mais recentes do IBGE.
Os 27 municípios que integram a Associação dos Municípios das Missões (AMM) estão com a seguinte população, de acordo com prévia da população aferida pelo Censo 2022:
Bossoroca - 5.886
Caibaté - 4.707
Cerro Largo - 13.710
Dezesseis de Novembro - 2.506
Entre-Ijuís - 9.157
Eugênio de Castro - 2.633
Garruchos - 2.615
Giruá - 15.971
Guarani das Missões - 7.554
Itacurubi - 2.995
Mato Queimado - 1.793
Pirapó - 2.250
Porto Xavier - 9.821
Rolador - 2.277
Roque Gonzales - 6.579
Salvador das Missões - 2.878
Santo Ângelo - 76.768
Santo Antônio das Missões - 10.292
São Borja - 58.757
São Luiz Gonzaga - 34.690
São Miguel das Missões - 6.986
São Nicolau - 5.114
São Paulo das Missões - 5.837
São Pedro do Butiá - 3.069
Sete de Setembro - 1.824
Ubiretama - 1.994
Vitória das Missões - 3.266
