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Publicado em 27/10/2024 09:42:29 • Agronegócio

Produção de flores como fonte de renda e bem-estar

Projeto Flores para Todos é desenvolvido em Santo Ângelo
Líria Fonseca colhendo estátice (Foto: Márcia Dezen / Emater)

Ao adotar a diversificação da produção na propriedade, na localidade de Ilha Grande, em Santo Ângelo, a família de Líria Fonseca passou a observar resultados em termos de equilíbrio ambiental, bem-estar, sanidade e produtividade. Entre as atividades desenvolvidas está a produção de flores, iniciada em 2023, e que tem oportunizado aconchego e geração de renda para sua família. A floricultura também chama a atenção de produtores da região, que estão descobrindo suas potencialidades.

Ao relatar sua história a representantes de 45 municípios durante o Seminário Regional de Irrigação em outubro deste ano, no município de Santo Ângelo, Líria celebrou que entre os resultados observados está a possibilidade da sucessão familiar, uma vez que na propriedade de 18 hectares vivem também seu esposo, Luiz Carlos Christofari, o filho Luiz Fernando e a nora Janaína, bem como os netos. Horticultura, fruticultura e produção de grãos são algumas das atividades que oportunizam a diversificam da renda ao longo do ano, com a comercialização da produção direto ao consumidor, junto à feira municipal, mercados e fruteiras.

A floricultura passou a fazer parte da propriedade em 2023, a partir do Projeto Flores para Todos, coordenado pela Equipe Phenoglad da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e executado pela Emater/RS-Ascar. No ano passado, em um primeiro momento foram cultivadas 30 mudas de estátice, para que se pudesse verificar a adaptabilidade e acesso à comercialização.

A diversidade de espécies ampliou em 2024 e a partir do mês de outubro a propriedade recebeu um colorido especial, com o início do florescimento das 234 mudas de estátice nas cores lilás, rosa, amarelo e apricot, que lembra a cor amarelo-alaranjado. A produtora tem realizado a colheita e secagem das hastes, montando os buquês e comercializando conforme encomenda.

De acordo com a extensionista da Emater de Santo Ângelo, Márcia Dezen, que acompanha a produção, a estátice se adapta bem à região, deve ser plantada em solo com boa drenagem, adubação orgânica e química, seguindo as orientações agronômicas, entre elas o plantio em pleno sol, irrigação sem molhar as folhas para evitar doenças, utilização de cobertura plástica para proteção da chuva na fase de floração, para evitar a interferência na qualidade e na tonalidade das flores. "Como se trata de uma flor que após a secagem mantém as cores originais, que duram em torno de dois anos, preservando as características, pode ser comercializado não somente imediatamente após a colheita, sendo esta uma das vantagens da produção desta espécie", reforça Márcia. A espécie pode ser comercializada diretamente ao consumidor, feiras, floriculturas e a empresas de ornamentação de eventos.

Além da estátice, Líria também cultivou o girassol ornamental, outra espécie que tem conquistado os consumidores pela sua beleza. A previsão é que a colheita inicie a partir da segunda quinzena de novembro.

A produção de flores pode ser alternativa para propriedades com diferentes áreas. Os interessados em realizar cultivo comercial, podem procurar a equipe da Emater de Santo Ângelo, que fornece assistência na aquisição de mudas e acompanhamento do plantio.

Fonte: Deise A. Froelich / Emater/RS-Ascar
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