Deve começar a operar entre os meses de abril e maio de 2025 a primeira unidade de processamento exclusivo de canola do Brasil. E será em São Luiz Gonzaga. O anúncio foi feito ontem (24/09), pela direção da empresa Camera, que já trabalha na montagem de sua nova planta industrial junto à existente no Município e busca agora liberação de projeto por parte da distribuidora de energia RGE para atender as necessidades do empreendimento.
A boa notícia foi divulgada em reunião na sede da Camera. "Hoje já temos processamento de canola, mas na mesma estrutura física da soja, então temos de parar de trabalhar com esse grão para processar a canola recebida. Com a nova planta teremos um parque industrial com duas unidades distintas e poderemos processar tanto soja quanto canola ao mesmo tempo", destacou o diretor commodities da empresa, Júnior de Almeida.
Segundo ele, a nova unidade processará em torno de 700 toneladas diárias de canola. "Já temos a fábrica para 1 mil toneladas de soja por dia e teremos essa nova linha, aumentando também a capacidade de soja para 1,5 mil toneladas de soja, mais que dobrando o volume de produto processado em São Luiz. Isso trará valor agregado, crescimento de empregos e mais que o dobro da circulação de caminhões na cidade e região", ressalta Almeida. "São Luiz é importante polo de produção da região e por isso temos um panorama de desenvolvimento e crescimento muito positivo devido a nova legislação, que aumenta o uso de biodiesel nos combustíveis brasileiros. Queremos crescer a longo prazo e estamos preparados para iniciar esse processamento entre abril e maio 2025, com as unidades já sendo montadas", informou.
O direto Júnior de Almeida disse ainda que a montagem da nova fábrica processadora de canola emprega 150 pessoas de maneira direta e indireta e, assim que começar a operar, gerará 30 novas vagas em um primeiro momento. "Precisamos agora do apoio político para agilizar o processo burocrático junto à RGE para termos uma nova rede de energia, mais forte e capaz de atender nosso maior parque industrial a partir de 2025, com duas caldeiras e toda a estrutura duplicada. Por isso pedimos o apoio político do Prefeito para tentar agilizar esse processo que, segundo a RGE, pode levar um ano para ser liberado".