No último dia 4, estreou o programa Café com a ACI. Um dos pontos principais do programa, foi o bate-papo com o delegado de Policia Civil Charles Dias Nascimento e com o comandante da Brigada Militar de Cerro Largo, tenente Vanderlei Menin.
Foram abordadas notícias envolvendo a associação, os serviços oferecidos aos associados e também um bate-papo sobre Segurança Pública, com a presença dos convidados.
"Quando assumimos a nossa gestão, expusemos que nos dedicaríamos a 5 pilares, e um deles seria a Segurança Pública. O objetivo de convidar o Delegado Charles e o Comandante Menin foi exatamente para que eles pudessem contar sobre o dia-a-dia de nossa cidade, a situação de falta de recursos para segurança", destaca o presidente da ACI, Henrique Lunkes.
Um dos pontos abordados no bate-papo com os convidados, foi a questão do monitoramento, também conhecido como cercamento eletrônico.
"O monitoramento iniciou em Cerro Largo há cerca de cinco anos, onde foi iniciado com duas câmeras. Como percebemos que tivemos benefícios, foi ampliado para 12 câmeras, instaladas em vários pontos da cidade e nas principais entradas. Também temos o monitoramento solidário, onde as empresas ou particulares cedem as câmeras externas. Hoje no monitoramento solidário, temos 25 câmeras. Somando com as 12 câmeras que já temos, totalizamos 37 pontos com monitoramento 24 horas", declara o tenente Menin.
"A cidade está cercada por câmeras de monitoramento, que fica a cargo da Brigada Militar, que atua na parte de prevenção ao crime. E não é menos importante para a Policia Civil, que atua na parte investigativa, onde já conseguimos desvendar vários casos, vários crimes, através das câmeras de monitoramento", comenta o delegado Charles.
Outro ponto levantado foi a atual situação de recursos da Brigada Militar e da Polícia Civil.
"A Brigada Militar praticamente não conta com recursos em valores, apenas material e suprimentos. Viaturas que é um dos maiores problemas, conta com o apoio da comunidade e do Grupo de Apoio a Brigada (GAB). A última viatura que veio para Cerro Largo foi em 2009 e que está rodando até hoje. Hoje, por exemplo, se furar um pneu de uma viatura, se for pelos procedimentos do estado, demora cerca de 10 dias para fazer esse conserto, e a Brigada Militar não pode esperar esse tempo, aí entra a questão do apoio da comunidade e do Grupo de Apoio", salienta Menin.
"A Polícia Civil faz parte do poder Executivo, e só de apontar que os nossos salários estão atrasados há 40 meses, que é uma necessidade básica, então é fácil notar que faltam recursos financeiros pras demais despesas. Faltam recursos materiais, estamos com 2 viaturas antigas e também é custosa e recebemos um valor bem baixo, cerca de R$400,00 por mês para manutenção das viaturas, não só para Cerro Largo, para toda a região de Santo Angelo. E também faltam recursos humanos, o nosso efetivo, por exemplo, é menor que o efetivo do ano de 1968", diz o delegado Charles.
"Diante dessa conversa, já estamos estudando a criação de um programa em que a ACI e a comunidade possam contribuir para melhorar os recursos da nossa Segurança Pública. Acreditamos que todo o comércio e a população se beneficiarão se a Brigada Militar e Polícia Civil tiverem melhores recursos para efetuar seu trabalho", finaliza Lunkes.
