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Publicado em 28/12/2021 18:08:43 • Agronegócio

Caracóis causam prejuízo na cultura da soja

Lavoura de Eliseu Thomas, na Linha Tremônia, teve perdas com esta praga
O Caracol é um molusco gastrópode terrestre de concha espiralada calcária

Este ano o agricultor Eliseu Thomas foi surpreendido por uma praga que não conhecia até então, o caracol.

A praga provocou estragos considerados em manchas na lavoura de soja localizada na Linha Tremônia, no município de Cerro Largo (RS).

O produtor foi buscar informações sobre esta praga na unidade da Cooperativa Mista São Luiz Ltda (Coopermil) de Cerro Largo e com o técnico agrícola Breno Ely.

Baseado em boletins técnicos da EMBRAPA e nas contribuições do coordenador do Curso de Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Cerro Largo, engenheiro agrônomo Douglas Rodrigo Kaiser, foi traçado um plano de ação para combater estas pragas.

Segundo a Embrapa, cada caracol pode colocar mais de 100 ovos em fendas do solo ou sob restos de vegetais em processo de decomposição. A presença e proliferação destas pragas também está associado à umidade no solo.

O assistente técnico e consultor de vendas da Coopermil Unidade de Cerro Largo, engenheiro agrônomo Roberto Pavanelo destaca que os caracóis ou caramujos, como são conhecidos em algumas regiões, são moluscos hermafroditas, ou seja, são capazes de autofecundação, que se desenvolvem em ambientes úmidos, frescos e com disponibilidade de alimentos. O agrônomo também lembra que os caracóis sempre foram mencionados como pragas de hortas e jardins, no entanto, estão sendo encontrados em lavouras de soja, fonte de alimento à qual se adaptam muito bem, sendo que os mesmos preferem se alimentar nos horários de temperaturas mais amenas (amanhecer e anoitecer) e que via de regra atacam a soja na fase inicial do seu desenvolvimento, comendo os cotilédones, os folíolos, as folhas ou até plantas inteiras em situações extremas, causando retardamento no desenvolvimento ou até a morte de plantas na lavoura.

Levando em consideração a presença expressiva de caracóis e a pressão que os mesmas estavam exercendo na lavoura de soja de Eliseu Thomas, foi utilizado isca moluscicida à base de metaldeído aliado a cloreto de potássio, para facilitar a aplicação e levar algo salino. Além disso, foi feita uma pulverização com abamectina. "Com estes tratamentos esperamos um controle efetivo desta praga, a fim de não acarretar mais danos na lavoura e perdas de produtividade", conclui Roberto Pavanelo.

Para o técnico agrícola Breno Ely, o baixo número de informações existentes sobre um controle seguro dos caracóis no momento, exige que as lavouras invadidas por estas pragas sejam monitoradas com mais frequência pelo agricultor e seu assistente técnico.

Para mais informações sobre o comportamento e o poder de destruição exercida pelo caracóis em lavouras de soja, bem como os produtos comerciais, dosagens, misturas, formas de aplicação e precauções com o manuseio dos defensivos, os produtores devem procurar apoio na assistência técnica.

Fonte: Breno Ely / Roberto Pavanelo
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