Tempestades intensas entre 7 e 9 de maio tiveram mais de 130 mil raios, chuva acima de 240 mm e ventos que ultrapassaram os 90 km/h no Rio Grande do Sul
Entre quarta-feira (7) e o fim da tarde de sexta-feira (9), o Rio Grande do Sul enfrentou uma sequência de tempestades intensas que resultaram em mais de 130 mil descargas elétricas do tipo nuvem-solo, refletindo a força e a periculosidade dos temporais que atingiram o estado.
As condições atmosféricas foram ideais para a formação de tempestades altamente eletrificadas, com a presença de calor, umidade elevada e a passagem de uma frente fria.
Apenas na quinta-feira (8), o estado registrou 105.271 raios nuvem-solo, o maior volume do período.
Na quarta-feira (7), foram 4.006 registros, e na sexta-feira (9), até as 17h, já haviam sido contabilizadas outras 24.976 descargas.
No total, foram 134.253 raios nuvem-solo em apenas três dias, um número que impressiona pela frequência e pelo risco associado a esse tipo de descarga, que atinge diretamente o solo.
Além dos raios, a chuva também foi intensa. Em Cachoeira do Sul, por exemplo, os acumulados ultrapassaram 240 mm em apenas três dias. Outras cidades como Faxinal do Soturno, Alegrete, Santa Maria e São Borja também registraram volumes acima dos 150 mm mais que o esperado para todo o mês de maio, indicando o potencial energético das tempestades que varreram o estado.
As tempestades também vieram acompanhadas de ventos muito fortes, com rajadas que ultrapassaram os 90 km/h em algumas localidades.
O maior registro foi em Alegrete, que teve rajadas de 93,2 km/h na manhã de quinta-feira (08/05). Em Rio Pardo, os ventos chegaram a 77 km/h durante a madrugada de sexta-feira (09/05). Já em Frederico Westphalen, as rajadas atingiram 72,7 km/h à tarde, enquanto em Canguçu os ventos chegaram a 71,3 km/h na tarde de quinta-feira.
Em Cerro Largo, entre os dias 7 e 9 de maio, de acordo com dados da estação meteorológica da UFFS, a chuva teve um acumulado de 93,47 mm no campus da Universidade.
