Na tarde desta quinta-feira (30/3), a Polícia Civil, por meio do Setor de Investigações da Delegacia de Polícia de São Luiz Gonzaga, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, prendeu em flagrante dois indivíduos pelo crime de estelionato, no conhecido "golpe do catalisador", que consiste em convencer o dono do carro a fazer uma limpeza no escapamento ou alegando que a peça está causando um alto consumo de combustível e, portanto, o ideal seria retirá-la, pois não teria finalidade alguma mantê-la. Outro argumento de convencimento seria o alto gasto para consertá-la, caso a peça entupisse.
No entanto o catalisador, desde o ano de 1992, é uma peça obrigatória em todos os veículos, pois tem a função de diminuir a emissão de gases poluentes.
Os estelionatários estão indo até a casa das pessoas, batendo a porta e oferecendo para prestar um serviço de limpeza veicular. Os suspeitos chegam com o discurso pronto, com argumentos para justificar a necessidade do trabalho oferecido e, havendo a concordância da vítima, acabam por aplicar o golpe, deixando a vítima num prejuízo que gira em torno de R$ 1.200,00 (custo médio da peça nova).
O catalisador do veículo tornou-se o alvo dos criminosos por ser uma aparente fonte de renda. A peça de cerâmica no interior da carcaça de metal do catalisador é formada por três metais minerais preciosos e de alto valor, existindo empresas que procuram por esse material para reciclá-la e extrair os metais valiosos, motivo de tamanha cobiça.
AS PRISÕES
Após a vítima informar ao Setor de Investigações sobre este fato, imediatamente foi identificado o veículo usado pelos golpistas e que rumo tomaram, sendo em seguida abordados pelos policiais rodoviários federais na cidade de São Borja.
Restou confirmado que, antes desta abordagem, estiveram por cerca de uma hora em Santo Antônio das Missões, onde pode haver mais vítimas, assim como em outros municípios da região, na medida em que foram apreendidas diversas peças, além das ferramentas usadas para retirar o catalisador do automóvel.
Os flagrados possuem 33 e 27 anos de idade, são naturais de São Paulo (SP), sem antecedentes policiais.
Foram conduzidos à DPPA e após as formalidades legais, encaminhados ao Presídio Estadual de São Luiz Gonzaga.
A Polícia Civil recebe denúncias pelo WhatsApp (55) 9.8439.1774, garantindo sigilo total do denunciante.