Um projeto está transformando as percepções de vida e ressignificando a relação social entre alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a comunidade de Guarani das Missões. O projeto Apae no Clube de Mães (Amãe), resultado da parceria entre Apae, Associação Municipal de Clubes de Mães e Emater/RS-Ascar, busca promover a inclusão social das pessoas com deficiência junto às atividades de clubes de mães do município e a troca de experiências, proporcionando o bem-estar e a qualidade de vida dos envolvidos. A proposta conta com o apoio da Administração Municipal, Secretaria Municipal de Educação e primeira-dama Nadir Karlec Jaskulski.
O município possui 22 clubes de mães organizados em comunidades do interior e em bairros da cidade. Diante disso, está sendo realizado um cronograma de visitas dos alunos da Apae nas sedes dos clubes de mães de Guarani das Missões. Nestes encontros, os alunos são acolhidos pelas mulheres e inseridos em atividades de artesanato, culinária, brincadeiras, conversas sobre formas de plantio, produção de alimentos, criações de animais, entre outras. Além disso, a troca de experiências contempla a contação de histórias sobre o lugar envolvendo pessoas da comunidade, sendo uma oportunidade para resgatar a identidade e a história local.
A extensionista da Emater Catiane Teikowski Roslaniec conta que já o primeiro encontro, no dia 07/06, foi marcado pela emoção. O deslocamento de ônibus para muitos foi uma novidade e motivo de alegria. No encontro realizado no Clube de Mães Esperança, da Linha do Mel, os alunos foram envolvidos em apresentações artísticas, típicas juninas e de chula, assim como acompanharam uma mensagem em libras. Para promover a integração entre o clube de mães anfitrião e os visitantes, o lanche foi preparado em conjunto, sendo que durante o preparo das calças viradas conheceram-se melhor e trocaram experiências.
As diferentes ações buscam contribuir também para uma participação mais ativa das pessoas com deficiência no ambiente escolar, no mercado de trabalho e na vida social, colaborando com a promoção da cidadania e da qualidade de vida.
"A convivência entre os envolvidos proporciona novas experiências a todos, combatendo o preconceito, estimulando o respeito às diferenças e valorizando a diversidade por meio do reconhecimento da igualdade", acrescenta Catiane.
Para a realização dos encontros, os clubes de mães também se prepararam com uma sensibilização, de modo a receber positivamente as pessoas com deficiência e contribuir para a criação de um ambiente solidário e de integração, assim como combater o preconceito e a discriminação. Até o final de 2022, estão previstos mais 14 encontros entre os Clubes de Mães e os alunos da Apae.