


A Associação Comercial e Industrial de Cerro Largo sediou, na noite de ontem (6/4), uma reunião para debater a situação envolvendo empresas e profissionais que estão impedidos de trabalhar, em virtude do isolamento social decretado pelo Governo do Estado, devido ao estado de calamidade pública.
Para não haver aglomeração de pessoas, foram feitos poucos convites.
Estavam presentes membros da direção da ACI, alguns empresários e autônomos, o prefeito Valter Spies, o assessor jurídico do Município Alessandro Berwanger e o vereador Andrei Machado, representando a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.
A ACI expôs a dificil situação de muitas empresas, prestadores de serviço e autônomos, que não estão podendo exercer suas atividades, com as despesas correndo normalmente e que, em alguns casos, demissões serão inevitáveis.
O Prefeito colocou aos presentes a impossibilidade da Administração ir de encontro ao que determinada o decreto estadual, pois os Municípios estão sendo fiscalizados pelo Ministério Público (estadual e federal), Tribunal de Contas e outros órgãos.
Alessandro Berwanger disse que o primeiro decreto estadual dava margem para os Municípios agirem e assim foi feito, com o ajuste no decreto municipal que possibilitou a reabertura do comércio no último dia 30 de março.
"Com o novo decreto, publicado na semana passada, de maneira vertical, essa possibilidade não existe mais", destacou o assessor jurídico.
PRESSÃO POLÍTICA
Em várias manifestações, foi lembrado que já existe uma linha de entendimento, inclusive no governo federal, possibilitando um alívio no isolamento social em regiões com baixa densidade demográfica, em cidades com poucos casos confirmados ou onde a rede hospitalar conte com certa capacidade ociosa.
Chegou-se à conclusão que o governo do Estado não pode tratar todas as regiões de maneira uniforme, existindo a possibilidade de haver um tratamento mais brando onde a situação esteja sob controle, ao mesmo que tempo que será inevitável um isolamento mais radical onde existam muitos casos.
Ficou decidido que se fará um documento, assinado pelos poderes Executivo e Legislativo e também pela ACI, a ser encaminhado ao governador Eduardo Leite, para que ele reavalie a posição do governo do Estado
Ao mesmo tempo será solicitado apoio aos demais municípios das Missões, por intermédio da AMM (Executivo) e ALM (Legislativo), bem como das ACIs e demais entidades empresariais, para que se faça um esforço coletivo, ou por meio de manifestações individuais de cada cidade ou, havendo a possibilidade, um documento coletivo que represente os anseios da região missioneira.