Cerro Largo, 25 de abril de 2024. Boa Tarde!
[email protected] (55) 9.9982.2424
Logomarca LH Franqui
Publicado em 09/02/2021 12:02:54 • São Paulo das Missões

Produtores paulistanos têm boa experiência com capim-elefante

57 produtores cultivaram as forrageiras BRS Kurumi e BRS Capiaçú, da Embrapa
Crédito: Divulgação / Emater/RS-Ascar

Com incentivo da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), produtores de São Paulo das Missões contam com o incremento no volume de forrageiras disponíveis na propriedade, por meio do cultivo das forrageiras BRS Kurumi e BRS Capiaçú (popular capim-elefante), desenvolvidas pela Embrapa.

As mudas distribuídas gratuitamente pela Emater/RS-Ascar, nos meses de abril e maio de 2020, beneficiaram a 57 produtores do município, sendo já possível aproveitar a massa verde para incrementar a alimentação do gado de corte e de leite. Ambas as cultivares são opções interessantes para períodos de estiagem e de período de vazio forrageiro, uma vez que possuem boa tolerância a baixos volumes de chuva.

Mesmo com o período de estiagem no segundo semestre do ano passado, produtores começaram a colher os resultados da introdução destas cultivares, com ampla produção de massa verde e organização de banco de mudas na propriedade.

A BRS Kurumi caracteriza-se por apresentar touceiras de formato semiaberto, alto perfilhamento e planta de porte baixo, elevada relação entre folha e colmo, assim como facilidade de manejo. A cultivar adapta-se muito bem aos diversos tipos de solo e suporta bem períodos de irregularidades de chuva. O valor nutritivo também é um dos pontos fortes desta cultivar, com teores de proteína bruta variando entre 18 e 20% e com coeficientes de digestibilidade entre 68 a 70%, segundo estudos da Embrapa. A cultivar é utilizada no sistema de pastejo direto de bovinos, em sistema de piqueteamento, suportando até 10 animais por hectare.

O extensionista da Emater Canísio Ittner Berwaldt destaca que a BRS Kurumi é indicada também para a alimentação de carpa-capim, visto não possuir talo, evitando a fermentação em viveiros e consumo de oxigênio, uma vez que normalmente o peixe consome toda planta. "Ainda pode ser fornecida a frangos em sistema de criação a pasto e utilização para faixa de retenção de água e solo", explica.

Já a cultivar BRS Capiaçú possui plantas que podem atingir até 4,2 metros de altura, e possuem touceiras de formato ereto, resistentes ao tombamento e com boa tolerância ao estresse hídrico. Possui alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido ao seu elevado potencial de produção, relatos de produtores locais, variam entre 75 a 100 toneladas por hectare chegando a três cortes por ano. Além disso, a BRS Capiaçu apresenta maior produção de matéria seca a um menor custo quando comparada à produção de milho e cana-de-açúcar. "Diante disso, a silagem deste capim constitui uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca", explica Berwaldt.

O assessoramento à atividade leiteira e pecuária familiar está previsto no Plano Operativo Municipal acordado com a Prefeitura, bem como faz parte do Plano de Trabalho desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

 

Leia também

Casal é pioneiro na implantação do capim elefante anão

Capim elefante atende as necessidades de produtores do Noroeste

Fonte: Deise Anelise Froelich / Emater/RS-Ascar
capim elefante
capim-elefante
brs kurumi
brs capiaçu
embrapa
emater
CONTINUE LENDO
Receba nossas notícias pelo WhatsApp