O modelo surge como resposta à crescente problemática da cigarrinha, que foi inicialmente identificada no Rio Grande do Sul em 2020
O primeiro modelo de previsão de ocorrência da cigarrinha no milho foi oficialmente lançado na tarde de segunda-feira, 4 de março, durante o 15º Fórum Estadual do Milho, realizado na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Desenvolvido pela união de esforços entre a Rede Técnica Cooperativa (RTC) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), essa ferramenta visa auxiliar os agricultores na tomada de decisão, permitindo antecipar a probabilidade e intensidade da praga que mais prejudica a cultura do milho.
O modelo surge como resposta à crescente problemática da cigarrinha, que foi inicialmente identificada no Rio Grande do Sul em 2020. Segundo o Dr. Glauber Stürmer, pesquisador da RTC, o modelo de previsibilidade foi concebido para complementar o monitoramento tradicional, possibilitando antecipar a ocorrência da praga com base nas condições climáticas.
O professor Dr. Sidinei Radons, da UFFS-Cerro Largo, enfatizou a importância do modelo, destacando que os produtores poderão contar com a ferramenta para maior assertividade na tomada de decisões, já que as informações a partir de dados climáticos apontam a probabilidade de maior ou menor risco da ocorrência da praga. Ele ainda ressaltou que as cooperativas poderão acompanhar e orientar de forma mais eficaz os produtores.
Claudete Luciane Teixeira, mestranda em ambientes e tecnologias sustentáveis e assistente técnica de pesquisa da RTC, explicou que o modelo foi desenvolvido a partir de sua dissertação de mestrado, buscando oferecer mais tecnologia e informação ao produtor.
Os associados das cooperativas que integram a RTC terão acesso à ferramenta através da plataforma Smartcoop. Esse avanço representa um marco significativo na proteção dos cultivos de milho no Brasil, oferecendo aos agricultores uma vantagem estratégica na gestão de suas lavouras.