O governo federal anunciou nesta quarta-feira (1º/4) um pacote de R$ 200 bilhões para a área da Saúde e para a manutenção de empregos em meio à pandemia provocada pelo o novo coronavírus. No pronunciamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que estava acompanhado do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, reforçou medidas econômicas para conter os efeitos da doença no Brasil.
Antes da fala de Guedes, o presidente Jair Bolsonaro assegurou a sanção do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores autônomos. O valor inclusive poderá chegar a R$ 1,2 mil, que será pago nos próximos três meses. Segundo o chefe de Estado, a ajuda irá beneficiar 54 milhões de pessoas no País e custará em torno de R$ 98 bilhões para o Tesouro.
"De hoje para amanhã, teremos três Medidas Provisórias: a primeira visa a manutenção de emprego, com a previsão de R$ 58 bilhões de gastos. Outra MP diz respeito ao crédito endereçado ao mesmo tema, estimada em R$ 34 bilhões. A última medida será destinada aos Estados e municípios, que representa um socorro emergencial, cujo valor será de R$ 16 bilhões", detalhou.
Em sua explanação, Guedes destacou que o Ministério da Economia foi incumbido de uma missão: levar dinheiro à Saúde e ao emprego. "O presidente sempre nos disse que seria preciso colocar dinheiro na 'ponta', onde o povo vive. Ele pediu que lançássemos uma camada para os informais e esta camada foi ampliada também para os micro-empreendedores, para alguns formais e nós separamos estes recursos para atingir 54 milhões de brasileiros, de forma que eles tenha recursos para enfrentar esta primeira onda da saúde (pandemia), mas o presidente tem nos alertado que há uma segunda 'onda', que é a desarticulação econômica", argumentou.
"Os R$ 16 bilhões, que serão para os fundos de Estados e Municípios, servirão para o pessoal que está no 'front' (linha de frente), que é onde o vírus está atacando", completou.
Conforme Guedes, dentro do projeto trabalhista do governo federal, o presidente Bolsonaro enviará ao Congresso duas medidas provisórias para garantir empregos. Uma delas, de R$ 51 bilhões, vai liberar recursos para que o governo possa pagar parte do salário das empresas que queiram reduzir jornadas de trabalho e, consequentemente, o rendimento dos funcionários em até 30%.
"O governo cobrirá a diferença", afirmou Guedes. "A empresa que quiser reduzir o salário, 20%, 25%, poderá fazê-lo porque estaremos pagando pela manutenção do trabalho", acrescentou.
Outra medida provisória já havia sido anunciada. Serão destinados R$ 40 bilhões (sendo R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional e outros R$ 6 bilhões dos bancos privados) para micro e pequenas empresas possam, por meio de financiamento com baixa taxa de juros, pagar dois meses da folha de pagamento.