


O estresse vai muito além do simples "nervosismo" e afeta todo o corpo, podendo causar adoecimento celular. Seus efeitos não se limitam à saúde mental, como ansiedade e depressão: ele também provoca sintomas físicos como dores, queda de cabelo e problemas gástricos.
A mente e o corpo funcionam juntos, e a forma como lidamos com o estresse influencia diretamente nossa saúde. Por isso, é essencial buscar ajuda médica se os sintomas tanto físicos como psiquiátricos se tornarem frequentes ou combinados.
Para ajudar nessa identificação, selecionamos alguns sintomas físicos que podem ser provocados pelo estresse. Veja a seguir.
1. Alergia na pele: A pele, maior órgão do corpo, pode ser bastante afetada pelo estresse. Ele aumenta os níveis de hormônios como cortisol e adrenalina, o que pode causar descamação, vermelhidão, ressecamento e deixar os poros dilatados, ocasionando o surgimento de acne. Um estudo da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, mostrou que o excesso de cortisol associado aos picos de estresse tende a estimular a produção de glândulas sebáceas, o que justifica o aumento dos problemas cutâneos.
2. Queda de cabelo: O estresse provoca uma contração nas artérias, fazendo com que o couro cabeludo não seja suficientemente irrigado, podendo provocar a queda dos fios. As alterações hormonais também podem dificultar a entrada de nutrientes na região, enfraquecendo os cabelos. Em momentos de tensão, as pessoas tendem a mexer mais nos cabelos e isso também pode contribuir para o problema.
3. Gastrite: Queimação no estômago, distensão abdominal e náusea podem ser efeitos do estresse, pois ele eleva a produção de suco gástrico e sua acidez, aumentando a sensibilidade nessa região. Devido ao estômago mais ácido, a mucosa que o reveste pode ser prejudicada, gerando um processo inflamatório.
4. Diminuição na libido: O estresse pode afetar o sistema nervoso autônomo, que regula funções importantes durante a relação sexual. Nos homens, ele pode atrapalhar a ereção; nas mulheres, pode reduzir a lubrificação. Isso acontece porque o estresse ativa demais o sistema simpático, dificultando a preparação do corpo para o sexo e causando queda da libido e até desconforto.
5. Baixa imunidade: O estresse aumenta os níveis de cortisol, que enfraquece o sistema imunológico — nossa defesa contra vírus e bactérias. Com essa proteção comprometida, o corpo fica mais vulnerável a infecções, como gripes e resfriados, que tendem a se tornar mais frequentes em pessoas estressadas.
6. Alteração no apetite: O aumento e a diminuição significativa do apetite podem estar relacionados ao estresse. Em geral, os hormônios do estresse diminuem a salivação, dificultando o paladar, por isso em situações estressoras as pessoas tendem a buscar alimentos mais gordurosos. O estresse crônico interrompe o sono e interfere no nível de açúcar no sangue.
7. Bruxismo: A tensão muscular é um dos exemplos mais fáceis de serem identificados em uma situação de estresse. E essa tensão também pode afetar as articulações do maxilar. Isso não acontece, necessariamente, durante o sono. Em momentos tensos, a pessoa tende a contrair a mandíbula apertando a dentição e, muitas vezes, fica assim por um tempo sem se dar conta.
8. Sudorese: Mais uma vez, o estresse provoca uma alteração hormonal, em que a adrenalina afeta o corpo e as glândulas écrinas, responsáveis pela produção de suor. Neste caso, essa produção é aumentada causando suor excessivo em mãos, pés, rosto e axila.
9. Dores pelo corpo: Um estudo conduzido pelo Centro de Pesquisa da Instituição Universitária de Montreal indicou que pacientes com dor lombar crônica têm níveis mais altos de cortisol. O estresse contribui para a tensão muscular e o aumento de inflamações, portanto, pode gerar dores crônicas em diversas regiões do corpo. Dores de cabeça tensionais e nas costas podem estar diretamente ligadas à presença de alta elevação de cortisol, pois ele tende a elevar a percepção de dor.
10. Insônia: O estresse é uma das principais causas de alteração do sono. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Medicina Psicossocial, em Estocolmo (Suécia), mostrou que semanas com alta carga de trabalho e muito estresse aumentam a sonolência, prejudicam o sono e afetam o padrão de secreção diurna de cortisol. Sem atingir as fases do sono necessárias, o paciente pode apresentar déficit de memória e alterações no humor.
11. Elevação da pressão arterial: A adrenalina produzida em momentos de estresse aumenta a pressão arterial, pois as artérias endurecem, podendo se formar placas de colesterol e até provocando a elevação de triglicérides.