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Publicado em 17/02/2024 18:46:19 • Segurança Pública

Pix: os cinco golpes mais comuns

Veja diferentes tipos, como funcionam e como se proteger
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Freepik)

Fraudes via Pix acontecem tanto em transferências entre pessoas quanto na hora das compras; saiba como funciona cada tipo de golpe e aprenda a evitar esses crimes

Um novo golpe do Pix surge de tempos em tempos na Internet. As fraudes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo estão cada vez mais comuns e se renovam toda hora, já que os criminosos sempre encontram novas técnicas para roubar dinheiro das vítimas. Desde o Golpe da Mão Fantasma, que automatiza a troca do destinatário do Pix sem que o usuário perceba, até o enganoso Golpe do Pix Reverso, no qual os criminosos criam comprovantes falsos para solicitar devoluções inexistentes, esse tipo de crime faz vítimas tanto em transações pessoais quanto na hora das compras online.

As consequências de cair no golpe do Pix podem ser diversas. A perda financeira é uma das principais preocupações, mas, dependendo do método utilizado na fraude, o usuário também corre o risco de ter dados sensíveis roubados. Por isso, é recomendável ter atenção redobrada para identificar novas ameaças digitais e se proteger online. A seguir, apresentamos cinco tipos de golpe do Pix comuns que você precisa conhecer e como evitar cada um deles; confira.

1. Golpe da Mão Fantasma

O Golpe da Mão Fantasma, uma das formas recorrentes de golpe do Pix, evoluiu recentemente para uma forma mais complexa e automatizada. No golpe original, os criminosos, com acesso remoto ao celular da vítima, faziam a troca do destinatário da transferência sem que o usuário percebesse. Agora, o esquema está ainda mais eficaz e abrangente, já que os golpistas conseguiram automatizar a troca das transferências, aumentando sua capacidade de ação.

No esquema, os criminosos infectam os celulares das vítimas com um malware bancário, solicitando permissão de acessibilidade sob a pretensão de uma atualização. Com o uso da técnica Automated Transfer System (ATS), o golpe bloqueia a tela durante a transação Pix, modificando automaticamente o destinatário. Com o novo método, o desvio é feito de forma automatizada, sem que o golpista esteja necessariamente online na hora do roubo.

Para evitar a fraude, é recomendado baixar apenas aplicativos de fontes confiáveis, já que essa é uma das principais formas de invasão dos malwares ao sistema. Além disso, é importante evitar permissões desnecessárias de acessibilidade e implementar a autenticação de dois fatores em contas online associadas a métodos de pagamento.

2. Robô do Pix

No golpe do robô do Pix, os criminosos exploram vítimas desavisadas com a promessa de dinheiro fácil a partir de de uma transferência inicial. Aproveitando a busca por retornos financeiros rápidos, eles usam táticas de engenharia social para convencer a vítima a comprar o robô do Pix, ferramenta que automatizaria comentários em publicações de sorteios no Instagram. A artimanha consiste em convencer a vítima a fornecer uma quantia como "caução", que supostamente seria devolvida após o início das transações. Uma vez que obtêm a quantia, os golpistas cortam todo o contato com a vítima e embolsam o dinheiro.

3. Pix para QR Code falso

Como o nome já revela, esse golpe do Pix ocorre quando criminosos apresentam um QR Code falso para redirecionar o valor da transferência. Os golpistas podem se passar por algum conhecido, pedindo dinheiro, ou por lojas e serviços confiáveis, com ofertas e promoções tentadoras para pagamentos feitos nessa modalidade. Para evitar a fraude, o usuário deve checar com atenção a origem do contato e a procedência do QR Code. Ao receber faturas via e-mail, é recomendável verificar a precisão dos dados apresentados e garantir que o valor corresponda a um serviço ou produto realmente contratado. Em caso de dúvida sobre a legitimidade da cobrança, o ideal é entrar em contato diretamente com os canais oficiais da empresa cobradora. Antes de realizar o pagamento, o destinatário deve confirmar todos os dados do destinatário, como nome da conta e o CPF ou CNPJ.

4. GoPix

Semelhante ao Golpe da Mão Fantasma, o GoPix desvia o valor da transferência automática durante compras online. A disseminação do GoPix acontece quando o usuário clica em anúncios maliciosos na Internet. Falsos links para o WhatsApp Web ou para os Correios, escritos com a grafia discretamente diferente e patrocinados para aparecer no topo dos resultados do Google, são exemplos comuns do truque, que pode enganar internautas desatentos. Ao navegar na página fraudulenta, o usuário acaba instalando o software malicioso, que faz o ataque durante os pagamentos online alterando a chave de destinatário do Pix por meio da área de transferência do computador.

Vale ressaltar que essa fraude não ocorre nas transferência entre pessoas físicas, sendo mais comuns em transações de alto valor feitas em lojas de e-commerce. Para evitar esse tipo de golpe do Pix, o usuário deve ter atenção redobrada com anúncios falsos, evitando clicar em links patrocinados que pareçam suspeitos. Também é importante verificar se a grafia do endereço do site está correta. Caso já tenha efetuado a transação, o usuário também é possível verificar se houve fraude por meio de um resumo da transferência. Em caso de golpe, o destinatário não será o nome da loja, mas de uma pessoa desconhecida.

5. Golpe do Pix reverso

No golpe do Pix reverso, criminosos criam um comprovante de Pix falso com a conta da vítima como destinatária e alegam que a transferência foi feita por engano. Então, entram em contato pedindo a devolução do dinheiro que, na verdade, nunca foi depositado. Golpistas podem abordar a vítima com um print fake da transação por e-mail ou WhatsApp e pedir a devolução do valor.

Para evitar a artimanha, basta abrir o aplicativo ou Internet Banking da instituição financeira e verificar o extrato. Caso o valor informado não conste nos recebimentos, certamente é uma tentativa de fraude. Caso já tenha caído no golpe, é possível tentar recuperar o dinheiro com a ajuda do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, ferramenta criada pelo Banco Central para auxiliar vítimas de fraudes. O usuário deve entrar em contato com o banco relatando o golpe. Se a fraude for comprovada, o banco do golpista devolve o dinheiro para o banco do pagador, que estorna a vítima.

 

Como evitar o golpe do Pix?

Como existem diferentes formas de golpe do Pix, é preciso ficar atento a diferentes aspectos. Para evitar truques de redirecionamento da transferência, que são mais difíceis de identificar, é recomendável ter bom antivírus no celular e no computador — e manter o programa e o software do aparelho sempre atualizados. Assim, os criminosos terão mais dificuldade de infiltrar malwares no sistema. Além disso, é preciso ter cuidado na hora de fazer download de aplicativos e outros arquivos, evitando fontes suspeitas.

Também é importante desconfiar de ofertas, investimentos e promoções boas demais para serem verdade, checando a procedência das propostas e dos contatos recebidos por e-mail ou WhatsApp. Por fim, sempre que for fazer uma transferência, confira atentamente os dados do destinatário e o comprovante de pagamento, para garantir que o Pix foi feito para a conta correta.

Fonte: Techtudo / Kapersky
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