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Publicado em 14/09/2025 13:40:28 • Economia

Futuro do fornecimento de energia elétrica em debate

Encontro na sede da Cermissões foi proposto pelo senador Luís Carlos Heinze
Foto: Assessoria de Comunicação Cermissões

Na sexta-feira (12/09), a sede da Cermissões, em Caibaté, foi palco de uma importante reunião que reuniu autoridades políticas, representantes de órgãos governamentais, cooperativas de eletrificação, empresas fornecedoras de energia e entidades do setor agrícola. O encontro foi proposto pelo senador Luis Carlos Heinze, em parceria com o presidente da Cermissões, Diamantino Marques dos Santos, e teve como objetivo debater alternativas para garantir a expansão e a segurança do fornecimento de energia elétrica na região das Missões.

Participaram do encontro representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Secretaria de Transição Energética, da RGE/CPFL, além de dirigentes de Cooperativas como Ceriluz, Certhil, Coprel, Coperluz e Eletrocar, bem como entidades representativas do setor produtivo rural e prefeitos da região.

Participaram da reunião, dentre outras lideranças:
• Cláudio Joel de Quadros – Eletrocar
• Jéssica Previatte – Eletrocar
• César Machado – Eletrocar
• Jorge Luis da Silva Castro – Coperluz
• Alessandro Finkler – Coperluz
• Margareth Costa Beber – Farsul
• Daniel S. Herther – Associação dos Municípios das Missões
• Paulo Sérgio da Silva – AGPC
• Antônio Marcos Vieira Santos – CPFL RGE
• Jonathan Koenemann – RGE
• Celso Benedetti – Certhil
• Guilherme Maier Weinheimer – Certhil
• José Zordan – Fecoeregs
• Daniel Tavares – Consultor técnico da Empresa de Pesquisa Energética
• Guilherme Zanetti – Secretaria de Transição Energética / MME
• Rodrigo Margins – Diretor de Energia da SEMA/RS
• Dionei Lewandowski – Prefeito de Jóia
• Vanderlei Kroth – consumidor irrigante

O debate teve como foco principal a preocupação com o aumento do consumo de energia nos últimos anos, puxado especialmente pela irrigação e pelo avanço da armazenagem de grãos. Mesmo em anos de estiagem, a produção se manteve graças à irrigação, que garantiu colheitas, movimentou a economia e gerou retorno significativo para toda a comunidade.

O presidente da AGCPH, Paulo Sérgio da Silva, destacou que os geradores de energia enfrentam dificuldades semelhantes às cooperativas:
"As nossas usinas não estão conseguindo fazer a conexão para distribuir a energia. Sem energia não há irrigação, e sem irrigação não há desenvolvimento. Temos a mesma pauta e vamos trabalhar em conjunto. Essa reunião mostrou a união de esforços e precisamos manter esse caminho".

Na mesma linha, o representante da RGE, Antônio Marcos Vieira Santos, ressaltou a importância da parceria com a Cermissões. "A Cermissões vem se colocando como protagonista no planejamento energético do Estado e, sob a ótica da RGE, é um parceiro fundamental. O crescimento da demanda praticamente dobrou em quatro anos, e isso exige uma articulação conjunta entre Cooperativas, governo e concessionárias. Não é apenas mais um consumidor: por trás estão milhares de Cooperados, negócios e famílias que dependem da energia".

O senador Luis Carlos Heinze reforçou a urgência da pauta. "Já temos mais de 800 pivôs funcionando só nas Missões. Precisamos ampliar a capacidade de irrigação e também garantir energia para indústrias e residências. Em até três semanas estaremos com esse grupo em Brasília, junto ao governo federal e estadual, para acelerar a execução de obras de transmissão e subestações. Essa é uma prioridade para o desenvolvimento da região".

O presidente da Cermissões, Diamantino Marques dos Santos, avaliou o encontro como histórico. "Foi uma grande oportunidade de reunir as lideranças do setor elétrico e debater soluções. A irrigação cresce em ritmo acelerado e, se não houver investimentos, em dois anos podemos ter falta de energia na região. A Cermissões e as demais cooperativas estão fazendo sua parte, com ampliação de subestações, duplicação de redes e grandes investimentos. Agora é preciso que o governo e as concessionárias também agilizem suas responsabilidades, como no caso da rede Roque Gonzales–Porto Xavier, concluída há cinco meses e ainda sem energização".

Entre as soluções discutidas estiveram a construção de novas subestações, o rebaixamento de linhas de transmissão e a modernização da infraestrutura existente. Houve consenso de que o aumento expressivo da demanda rural e industrial exige mais rapidez no atendimento dos projetos, sob pena de travar o desenvolvimento econômico da região.

Segundo dados apresentados, a demanda contratada da Cermissões saltou de 48 mil kW em 2021 para 84 mil kW em 2024, representando um crescimento de 16% no consumo de energia, apenas nesse período. Para acompanhar esse avanço, a Cooperativa investiu mais de R$ 19 milhões em 2024. Outros investimentos recentes, ocorreram, com destaque para:

R$ 12 milhões aplicados na Subestação de São Luiz Gonzaga;
R$ 5,5 milhões na interligação Roque Gonzales–Porto Xavier;
• R$ 4,7 milhões na duplicação da rede Santo Ângelo–Entre-Ijuís.


A avaliação final dos participantes foi unânime: somente a união entre cooperativas, concessionárias, governo estadual e federal poderá garantir que o setor elétrico acompanhe a velocidade do agronegócio e da industrialização no interior gaúcho.

Fonte: Assessoria de Comunicação Cermissões
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