


A bióloga Márcia Tschiedel foi surpreendida no sábado à tarde (30), quando foi pegar lenha no depósito localizado nos fundos da casa. Ela notou a presença de um pequeno felino que inicialmente pensou tratar-se de um filhote de gato.
Com os insistentes latidos dos cães, ela foi olhar mais de perto o bichinho e então verificou tratar-se, na verdade, de um filhote de gato-mourisco.
A ESPÉCIE
O gato-mourisco (Puma yagouaroundi) - também conhecido como jaguarundi, gato-preto, raposa-de-gato, onça-de-bode e maracajá-preto - é um felino de porte médio-pequeno, sem manchas e de cor praticamente uniforme, que varia do marrom acinzentado ao marrom avermelhado.
O corpo é alongado, os membros curtos e a cauda longa. Possui a cabeça pequena e achatada. É um animal solitário com atividades noturnas e diurnas, que se alimenta de mamíferos, aves e pequenos vertebrados.
Ele vive em ambientes florestais densos, à beira de rios e outros mananciais, mas também em vegetação aberta. Na última revisão da lista brasileira da fauna ameaçada, o gato-mourisco foi classificado como vulnerável, sendo a caça, destruição e perda de habitat as principais causas.
É uma das espécies de felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional.
DE ONDE VEIO
Márcia não tem ideia de onde veio o felino. Sua casa está localizada no centro da cidade, na rua Major Antônio Cardoso, e os fundos fazem divisa com o campus Seminário da UFFS, onde há bastante área verde. É possível que ali seja o seu habitat, ou que por ali ele tenha vindo atrás de comida.
RECOLHIDO
A bióloga entrou em contato com a Brigada Militar e segunda-feira à tarde (2), uma equipe da Patrulha Ambiental, de São Luiz Gonzaga veio até Cerro Largo recolher o felino, que será encaminhado a Santa Maria, onde há uma unidade que recebe animais silvestres. O bichano passará por avaliações e, em seguida, será solto na natureza.