


O programa Luz Para Todos (LPT), criado por meio do Decreto nº 4.873 de 11 de novembro de 2003, instituiu o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica.
Inicialmente, estava previsto o atendimento aos domicílios identificados pelo IBGE até o ano de 2008. Entretanto, durante a execução do programa, os agentes envolvidos verificaram um número maior de famílias não atendidas com energia elétrica, vivendo em áreas remotas. Esse fato levou a várias alterações no LPT, com a publicação de diversos outros decretos que resultaram na prorrogação e na alteração dos seus objetivos.
Durante a vigência do programa, a Cermissões realizou a ligação para 2.104 consumidores, arcando com 50% do valor dos projetos de instalação.
Conforme levantamento realizado pelo coordenador do setor comercial da Cermissões Anderson Sá, destes 2.104 consumidores beneficiados com o LPT, 556 (cerca de 27%), já solicitaram o desligamento da energia de suas residências.
Houve a constatação que em muitos casos, por se tratar de um programa em que não havia participação financeira do beneficiado, houve solicitações para ligação da energia, e num curto período posterior, era solicitado seu desligamento.
Em razão de que a classe abrangida pelo programa tem um histórico de baixo consumo, e as desistências chegaram ao alto índice de 27%, o formato deste programa, onde a Cermissões teve participação financeira de 50% para realizar as ligações, acabou gerando um alto custo, que acabou sendo absorvido na composição tarifária de todos associados da cooperativa.
Conforme o presidente Diamantino Marques dos Santos, "o programa LPT exigiu um grande empenho de todos os setores da cooperativa para atender todas as suas exigências, desde a execução dos projetos de ligação, até a prestação de contas, e lamentamos que quase 30% dos beneficiados já solicitaram o desligamento da energia de suas residências".