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Publicado em 28/11/2023 17:26:43 • Agronegócio

Produtores gaúchos de cavalos em alerta

Encefalomielite equina foi confirmada pelo serviço sanitário da Argentina
Rio Grande do Sul não tem registros da doença, e a situação é monitorada de perto (Foto: Freepik)

A encefalomielite foi confirmada pelo serviço sanitário argentino e há suspeita no Uruguai

Criadores de cavalos do Rio Grande do Sul, especialmente na Fronteira Oeste, estão em alerta por conta da confirmação do diagnóstico na Argentina de caso de encefalomielite equina. A doença, causada por um vírus, é transmitida por um mosquito e causa efeitos no sistema nervoso do animal. O estado não tem registros da doença, e a situação é monitorada de perto pela Secretaria da Agricultura e pela Superintendência Regional do Ministério da Agricultura. Por ora, a principal recomendação aos produtores é: em caso de sintomas em animais, acione os serviços veterinários oficiais.

Em comunicado, o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa, na sigla em espanhol) informou que houve resultado positivo para a doença em Corrientes e em Santa Fé. Há três tipos de encefalomielite equina: a venezuelana, a leste e a oeste. A verificada em Santa Fé é do tipo oeste (do mesmo tipo, conforme o órgão, registrado em 1988). Uma série de medidas foi adotada para tentar conter o avanço do vírus (veja detalhes abaixo).

Da mesma forma, o Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai emitiu orientações sobre a doença, enquanto aguardava os resultados dos exames em casos suspeitos.

No Estado, autoridades sanitárias estiveram reunidas nesta segunda-feira (27) e monitoram a situação (não há registros ou suspeita no RS). Luiz Silveira, responsável pelo de Programa de Sanidade de Equídeos da Superintendência Regional do Ministério da Agricultura, explica que o mais importante, no momento é acionar os órgãos veterinários oficiais caso sejam detectados sintomas compatíveis: "às vezes, o produtor demora a fazer a notificação".

Silveira explica que a vacinação é recomendada para áreas onde o problema está acontecendo. O que não é o caso, neste momento, do Estado. Mas pondera: "hoje não há necessidade, mas em 48h tudo pode mudar".

Outro ponto importante: os equinos e o homem (a doença pode afetar pessoas) são hospedeiros finais. O que significa que o vírus não é transmitido de animal para animal ou pessoa para pessoa.

 

Sintomas

A encefalomielite equina é uma doença caracterizada pela inflamação das estruturas do encéfalo e médula, ocasionando sintomatología neurológica. A doença pode ser causada por três diferentes tipos de vírus pertencentes à família Arbovírus e ao gênero Alphavirus, que são transmitidos por mosquitos Culex spp. e Aedes spp.. Estes vírus podem acometer diferentes espécies de animais, inclusive os humanos, o que caracteriza a doença como uma zoonose.

Os vírus acometem o Sistema Nervoso Central (SNC), provocando reação inflamatória viral típica. Os animais acometidos apresentam quadro de depressão, flacidez labial, letargia, incoordenação motora, sonolência e andar a esmo, cambaleante e em círculos, cegueira, ranger de dentes, diminuição dos reflexos palpebrais, pressão da cabeça contra objetos. A progressão dos sintomas leva ao decúbito prolongado com movimentos de pedalada e tende a evoluir para o óbito em poucos dias.

 

Cartilha dos hermanos

Algumas das medidas adotadas na Argentina:

- Controle de mosquitos: é fundamental prevenir a propagação da doença e o contágio para cavalos e pessoas

- Vacinação de cavalos contra a doença: o Senasa está trabalhando com as câmaras de produtos veterinários para ter a disponibilidade e distribuição do maior número de vacinas no menor tempo possível

- Notificação imediata à Senasa na presença de sinais nervosos em cavalos

- Reduzir a movimentação dos equinos ao mínimo possível

- Evitar eventos que envolvam concentração de cavalos

- Completar o calendário de vacinação dos equinos

Fonte: Senasa / GZH / Ceva
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