Na noite de sexta-feira, 15 de novembro, por volta das 20h, moradores de Cerro Largo foram surpreendidos por uma impressionante carreira de luzes cruzando o céu. Vários registros foram enviados às plataformas do Portal LH Franqui.
Mas do que se tratavam essas luzes brilhantes? Estrelas? Cometas? OVNIs? Uma invasão alienígena?
Nada disso! As luzes observadas eram, na verdade, satélites Starlink, parte do projeto desenvolvido pela empresa SpaceX, com o objetivo de fornecer internet de alta velocidade em diversas regiões do mundo. Os satélites, em formação, criam um efeito visual que se assemelha a uma fileira de estrelas se movendo rapidamente.
Esse evento não é raro, pois o lançamento de novos satélites faz parte de um cronograma contínuo da SpaceX para expandir a constelação Starlink. A presença desses satélites no céu é um lembrete do avanço tecnológico e das novas possibilidades que a conectividade global pode trazer.
O fato também foi observado em outras cidades, como Santo Ângelo, Ijuí, Ronda Alta e Alegrete.
Recentemente, os satélites também foram vistos por moradores de São Luiz Gonzaga.
Ao procurar pela internet, veremos que trata-se de algo cada vez mais comum, já tendo sido noticiado no Paraná, São Paulo, Piauí e Ceará, por exemplo,
Isso acontece devido ao grande número de satélites que foram e continuam sendo lançados pela empresa. Estima-se que há, atualmente, pelo menos 6.300 satélites desses em órbita.
O objetivo da SpaceX é cobrir o espaço ao redor da Terra. A empresa planeja operar 12.000 satélites Starlink (com potencial de colocar até 42.000 em órbita). A cada lançamento, um grupo de 60 satélites é colocado em operação.
A radiação emitida pelos modelos mais modernos de satélites da Starlink têm "ofuscado" radiotelescópios e dificultado o trabalho de astrônomos, é o que conclui um estudo liderado pelo Instituto Holandês de Radioastronomia (Astron).
Esse "ruído" é conhecido como radiação eletromagnética não intencional, ou UEMR, e é gerado pelos satélites de propriedade da Starlink e de outras empresas que operam no espaço. Esses equipamentos se movem a 550 km e fornecem internet de banda larga em todo o mundo, geralmente para lugares remotos, como a Amazônia.
Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, a radiação emitida por satélites de segunda geração da Starlink causa uma interferência 32 vezes maior que a gerada pelos satélites de primeira geração.