


Os produtores de leite Jair e Lourdes Spohr, residentes na Linha São Francisco (Cerro Largo), estiveram visitando o produtor Nardeli Cassel, em Linha Atafona (Santo Ângelo), para verificar o funcionamento da ordenha robotizada, recentemente instalada naquela propriedade.
O casal Spohr vai instalar um sistema desses em sua propriedade, no mês de agosto, e a visita a Cassel foi para se inteirar de mais detalhes sobre o moderno equipamento.
COOPERATIVISMO
A visita ocorreu na tarde de terça-feira (31/5), e Jair e Lourdes Spohr estavam acompanhados do secretário municipal da Agricultura, Ricardo Pacheco Dias; do técnico agrícola e ex-conselheiro de Administração do Sicredi União RS/ES, Breno Ely; do gerente da agência local do Sicredi, Rodrigo Neuberger; do gerente de Negócios Agro da agência local do Sicredi, Marcos Marks; e do jornalista e associado do Sicredi, Luis Henrique Franqui. Todos os envolvidos nesta visita, têm conexão com o sistema cooperativo de crédito Sicredi, onde Nardeli Cassel é vice-presidente da Sicredi União RS/ES
O foco principal do encontro foi o sistema de ordenha robotizada, uma inovação tecnológica que permite otimizar o trabalho do dia-a-dia do produtor de leite.
FINANCIAMENTO
Tanto o sistema robotizado de Nardeli Cassel, instalado há duas semanas, quanto o equipamento a ser instalado na propriedade de Jair e Lourdes Spohr, em agosto, contam com financiamento do Sicredi.
O gerente Rodrigo Neuberger destacou durante o encontro que é importante os agentes de crédito conhecerem bem o equipamento, seu potencial e os resultados que proporcionará ao produtor rural, para que o investimento ocorra da maneira mais segura e viável possíveis.
DIA DE CAMPO
Por parte do Governo Municipal de Cerro Largo, o secretário da Agricultura Ricardo Pacheco Dias salientou que o Município já está auxiliando os produtores, com trabalhos de terraplanagem e, quando da instalação, com serviços de máquinas que forem necessários.
Dias adiantou que, quando o sistema estiver em plena operação, há intenção de promover um Dia de Campo na propriedade dos Spohr, para difundir esta tecnologia e todas as possibilidades que a ordenha robotizada oferece.
COMPROMISSO
Nardeli Cassel enfatizou que “o robô tira o compromisso do horário, para o produtor rural. Mas demora um pouquinho até tudo se encaixar”.
Sua propriedade conta atualmente com 74 vacas em lactação e o sistema, com dois robôs, tem capacidade para atender até 120 vacas.
PRECISÃO
As vacas, que têm livre acesso aos robôs (que controlam a quantidade de ordenhas que cada animal fará por dia e o volume de alimento que receberá), possuem uma coleira com um transponder, uma espécie de chip, que o equipamento utiliza para saber qual animal está sendo ordenhado e, a partir dos dados recolhidos, oferecer uma gama de informações, que podem ser acessadas no painel de controle, num computador ou mesmo num aplicativo no telefone celular.
Como o equipamento, além da ordenha robotizada propriamente dita, oferece uma série de dados estatísticos ao produtor, como produção média por vaca, projeção de potencial produtivo de cada animal e ainda auxilia na prevenção e detecção precoce de doenças, Jair Spohr faz uma criativa comparação. “O robô é como uma agricultura de precisão, um piloto automático que ajuda o produtor a melhor a quantidade e a qualidade do leite”, disse.
Spohr vai instalar um robô em sua propriedade, para atender 60 vacas. Mas com instalações já preparadas para se for o caso, instalar mais um equipamento, se houver um aumento no plantel de animais.
50 ANOS ATRÁS
O técnico agrícola Breno Ely, já no final do encontro, lembrou de um dado que reforça o quanto ocorreram evoluções tecnológicas na produção de leite.
Em 1972, há exatos 50 anos, quando atuava na Emater em Cândido Godói, foram adquiridas e instaladas as quatro primeiras ordenhadeiras.
“E hoje, as vacas são ordenhadas por robôs”, comentou com bom humor o técnico agrícola.
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