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Publicado em 22/07/2021 11:26:17 • Agronegócio

Maçã para climas quentes tem bom desempenho em Cerro Largo

Casal da Linha Tremônia relata experiência com variedades Eva e Julieta
Crédito: Arquivo de Família

A produção de maçãs em Cerro Largo é altamente instável, enquanto que em Vacaria, por exemplo, as produções via de regra seguem estáveis.

Um dos motivos, se não o maior, é o clima. As macieiras mais tradicionais como a Fuji e a Gala necessitam em torno 800 horas de frio acumulado abaixo de 7,2 graus centígrados. Em Vacaria, onde as temperaturas anuais variam entre 5°C a 26°C, é bem mais fácil atingir o tempo de frio necessário, enquanto que em Cerro Largo a situação é bem mais difícil, uma vez que em média as temperaturas ficam entre 9°C a 32°C. Por isso em anos com mais frio em Cerro Largo, as produções são melhores que as de anos com invernos mais amenos.

CLIMAS QUENTES

O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) desenvolveu cultivares de maçã adaptadas para climas quentes, com boa resistência a pragas e doenças para todo país. As variedades Eva e Julieta são dois materiais já implantados e aprovados em nossa região.

No YouTube os interessados podem conferir o sucesso da produção de maçãs Eva e Julieta, em Diamantina (Bahia), onde o clima é bastante quente.

EM CERRO LARGO

Em Cerro Largo, um exemplo de quem já cultiva e consome maçãs das variedades Eva e Julieta vem da propriedade do casal Brunildo e Terezinha Welter, residentes na Linha Tremônia.

Há quatro anos, foram plantadas apenas duas mudas, uma da variedade Eva e outra da Julieta, e no segundo ano as plantas iniciaram a produção.

O produtor conta que a safra 2020 foi muito boa. Lembrando que não teve como contar quantas frutas foram produzidas por pé, ele destaca que a produção foi além da expectativa: "produziu de bolsada", contou Brunildo.

O único registro fotográfico de uma das plantas foi feito pela Liliane, filha do casal que reside no município de Picada Café (RS), em dezembro de 2020. Na foto é possível constatar muitas frutas, galhos arqueados com pencas de maçã e proteções de boa parte das frutas com embalagens contra a forte incidência dos raios solares.

A colheita e aproveitamento destas frutas saborosas, suculentas, nutritivas e de coloração atraente inicia em dezembro.

DUPLO ENXERTO

O técnico agrícola Breno Ely lembra que as mudas Eva e Julieta "garantidas" são as com dois enxertos e chanceladas polo IAPAR, detentor destes materiais. "Infelizmente tivemos experiências nada animadoras na região, com macieiras Eva e Julieta adquiridas de viveiros que produziram as mudas com apenas um enxerto. As plantas de um enxerto produzem bem menos frutas que as legítimas", enfatiza Ely.

Para produzir frutas maiores e mais uniformes é fundamental também que ocorra a polinização cruzada (realizada pelas abelhas) entre duas variedades e neste aspecto as cultivares Eva e Julieta se complementam.

De acordo com o IAPAR, as macieiras prosperam em solo férteis, drenados e bem ensolarados. O solo deve ser analisado e corrigido com calcário e fertilizantes. Para as práticas de implantação, condução, manejo e renovação sempre é recomendado falar com um técnico habilitado.

Fonte: Luís Henrique Franqui
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