


Recém empossado presidente da Associação Comercial, Industrial, Agroindustrial e de Serviços de Cerro Largo (ACI), Adriel Schardong, concedeu esta entrevista, quando falou sobre as atividades desenvolvidas e planos da entidade.
AÇÕES PARA INDÚSTRIA
Luis Henrique Franqui - A ACI de Cerro Largo congrega, entre outros ramos de atividades, a indústria. A nova direção da entidade tem atividades e/ou ações previstas para este setor?
Adriel Schardong - Temos muitas ideias e já estamos colocando-as em prática.
Gostamos de afirmar que, especialmente durante o primeiro mês de trabalho, que foi abril, endereçamos os esforços à organização da entidade conforme os padrões que acreditamos serem os ideais, tanto para nossa atuação quanto para o bom atendimento aos associados.
Depois deste primeiro período, já realizamos alguns eventos voltados aos associados e possuímos um planejamento para o ano todo. Estamos buscando suprir temas que sejam do interesse e configurem reais necessidade às empresas associadas.
Especificamente para o setor industrial, está no nosso planejamento estratégico uma das maiores ações da nossa gestão, que deve ser posta em prática no próximo ano.
Iremos desenvolver um amplo projeto de conhecimento e qualificação de mão de obra, a iniciar nas escolas de ensino médio, pois uma das maiores dificuldades da indústria local é a mão de obra qualificada. Para isso, em conjunto com as indústrias, pretendemos desenvolver um programa para apresentar aos jovens as oportunidades que o setor oferece. Da mesma forma, iremos desenvolver treinamentos específicos para qualificação de atividades laborais que sejam comuns às empresas associadas.
AGROINDÚSTRIAS
LHF - Há alguns anos, a ACI alterou o nome, passando a agregar os setores de serviços e de agroindústrias. Existe algum plano de fomento ao setor agroindustrial local?
AS - A movimentação de empresas desse setor se associando à entidade está crescente. Para nós é mais uma responsabilidade que gostamos de assumir. Particularmente, acredito muito no modelo agroindustrial, pois é injeção direta na economia local.
Assim como faremos em todos os setores econômicos, através das visitas aos associados, buscaremos entender as necessidades do dia a dia destas organizações. Acreditamos que dessa forma poderemos ser mais assertivos nas ações.
É certo que teremos uma série de treinamentos onde estas empresas, por suas características, verão valor e poderão usar como fonte de conhecimento para melhorar seus processos, sua gerência. E estamos dispostos a, entendendo as necessidades, atuar pelo desenvolvimento destas atividades, que são tendência e serão cada vez mais presentes.
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
LHF - Em março foi realizado pela ACI um Café da Manhã, tendo como principal pauta o desenvolvimento industrial no município. Como está a questão envolvendo o Plano de Desenvolvimento Industrial?
AS - Como integrante da antiga diretoria, eu participei daquela reunião e sinceramente foi ótimo entender as posições dos empresários e os pontos abordados pelo município, pelo Prefeito Municipal.
Por conta do fluxo de trabalho até agora, ainda não tivemos a oportunidade de conversar com o Município a esse respeito, mas eu estou convencido, que o papel da ACI é de defender os interesses do empreendedorismo local, porém os poderes da entidade não são determinantes de forma isolada. Nós, enquanto entidade, devemos nos somar aos empresários e ao Poder Público.
Eu costumo ser bem prático. Acredito muito que, por meio do diálogo conjunto, com o convencimento das necessidades e, estando o Município em condições de realizar os investimentos, ele não irá titubear em realizar.
Não acredito que o caminho seja a ACI imaginar que sozinha resolverá essa questão. Não recordo de algum êxito trabalhando nesse formato. Sim, nossa diretoria tem interesse e irá se aprofundar nesse assunto, gostamos da ideia e estamos disponíveis para participar dessas discussões, e entendemos que o caminho será mais curto e com maior chance de sucesso, se todos trabalharem pela mesma causa juntos pelo desenvolvimento.
INCENTIVO À INDÚSTRIA LOCAL
LHF - Uma das recentes decisões da direção da ACI foi a confirmação da Uzzina da Cerveja, de nossa cidade, como fornecedora oficial do chopp da Oktoberfest Missões. Essa decisão está alinhada ao propósito de incentivar comércio e indústrias locais?
AS - Totalmente. Desde que eu decidi me candidatar a presidente da ACI Cerro Largo, e quando começamos a montar nossa equipe, afirmava aos meus parceiros que este era um ponto crucial. Penso que além de pregar a valorização do empreendedorismo local, devemos agir, ser práticos e dar o exemplo.
A Oktoberfest Missões, como o maior evento que a ACI Cerro Largo realiza, deve ser mais uma oportunidade de a entidade valorizar o que é produzido e comercializado na cidade, afinal é justamente esse o motivo da existência da ACI.
Mas, até chegarmos a ter - pela primeira vez na história da Oktoberfest Missões presencial - o chopp local, fizemos uma longa caminhada, conversamos várias vezes com os proprietários da cervejaria, nos reunimos com as entidades, conversamos especialmente com o Lions (que atua diretamente com o chopp na Oktober) e preparamos o terreno para possibilitar que a Uzzina participasse da concorrência, da qual ao final elegemos para ser a fornecedora oficial.
Afirmo com todas as letras: confiamos que esse vai ser mais um fator de uma Oktoberfest Missões positivamente histórica!
Assim como confiamos nas demais indústrias, a Uzzina carrega toda nossa confiança e certeza de que fará um trabalho único, superando as nossas expectativas, suprindo o desejo do público consumidor de um chopp de qualidade e com características diferenciadas.
Sei que teria sido muito mais fácil manter como sempre foi, mas nosso papel não é esse. Nosso papel é aliar o melhor para a Oktoberfest Missões e cumprir o papel da Associação Comercial, Industrial, Agroindustrial e de Serviços. Sabemos que muitas vezes existe um bairrismo reverso, porém este será superado com tudo de bom que estamos (ACI e Uzzina) preparando para a Festa da Alegria.