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Publicado em 02/07/2022 18:18:40 • Economia

Roberto Busse: Confiar na sua capacidade, persistir e trabalhar

Roberto era reconhecido por sua generosidade e integridade nas relações
Três gerações reunidas: Heinz, Renan e Roberto Busse, numa competição de Jeep Cross (Foto: Arquivo / IBL)

O engenheiro mecânico e industrial Roberto Flávio Vieira Busse era um desportista nato e apaixonado por esportes a motor.

Faleceu muito jovem, aos 60 anos de idade, em 11 de novembro de 2019.

Roberto participou de campeonatos de moto, kart, arrancadas e, por muito tempo, jeep cross, tendo sido Campeão Estadual de Arrancada, Campeão Sul-brasileiro de Jeep Cross e Campeão da FenaJeep, entre outros títulos.

Além de pilotar, sua paixão estava também em "preparar" os motores e equipamentos, sempre muito detalhista e buscando o máximo de performance.

Roberto era reconhecido por sua generosidade e integridade nas relações, sempre pronto para ajudar as pessoas quando elas precisassem, tanto com os funcionários quanto com toda a comunidade.

Membro do Rotary Clube Cerro Largo, era muito atuante na comunidade cerro-larguense, além de ser um incentivador de atletas e também das causas envolvendo a proteção aos animais.

NA EMPRESA DA FAMÍLIA

Roberto passou por vários setores na Industrial Busse, por muitos anos no setor de compras, até chegar à direção da empresa. Engenheiro mecânico, graduado pela PUC-RS, desenvolvia constantemente os processos de produção da empresa, sempre em busca de inovação. Atuando diretamente no desenvolvimento de novos produtos, buscando facilitar a vida do agricultor.

ÚLTIMA ENTREVISTA

Duas semanas antes de falecer, Roberto Busse concedeu uma entrevista à jornalista Karin Schmidt, que foi publicada na Folha da Produção quando do primeiro ano de sua morte. A seguir, selecionamos alguns trechos (a entrevista completa pode ser lida AQUI).

Karin Schmidt - Em que circunstâncias você despertou para o empreendedorismo?
Roberto Busse - Desde criança. Lembro que eu tinha uns sete anos de idade e gostava de ir junto com o pai no trabalho, de curioso mesmo. Eu brincava com as ferramentas, olhava atentamente os equipamentos agrícolas e sempre fazia muitas perguntas.

KS - Em Cerro Largo, a Industrial Busse foi pioneira em fundição?
RB - Isso mesmo. A primeira fundição em Cerro Largo foi inaugurada em 1966, na nossa firma. Na época, meu pai foi para São Paulo e comprou a fundição, que na década de 70 precisou ser fechada porque os resíduos poluiam a cidade. Mas, como sempre tivemos bons funcionários, um deles, o Arnaldo Borghetti, uma cara muito inteligente que trabalhava conosco, posteriormente instalou a Fundição Borghetti.

KS - Quando você entrou na empresa?
RB - Na década de 80, aos 28 anos de idade. Como eu tinha trabalhado em Porto Alegre e adquirido um bom conhecimento, retornei para ajudar meu pai. No início, tive algumas dificuldades para impor minhas ideias e tecnologias novas. Mas, com o passar do tempo as coisas foram se ajeitando.

Isso tudo é compreensível, pois para a geração do meu pai, que da maneira que pode lutou muito pra conseguir alcançar seus objetivos, era mesmo difícil aceitar as mudanças. Na realidade, as coisas andam tão rápido, que chega uma hora em que as pessoas já não acompanham mais, muitas vezes até sentem-se ultrapassadas.

KS - Um recado para os jovens empreendedores:
RB - Não adianta ir embora, porque também nos grandes centros terá concorrência, seja qual for a área de atuação. Nas cidades pequenas você pode estudar bem o mercado, firmar boas parcerias, investir e crescer aos poucos, até como alternativa para evitar o êxodo rural. E também para ajudar a modernizar a empresa familiar.
Acima de tudo, confiar em sua capacidade, persistir e trabalhar. Como as coisas não caem do céu, na zona de conforto não acontece nada!

Fonte: Luis Henrique Franqui / Karin Schmidt
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